A Cadillac se prepara para fazer sua estreia na Fórmula 1 em 2026 e chamou dois veteranos experientes para liderar a equipe na pista: Valtteri Bottas e Sergio Pérez, marcando o retorno à categoria após um hiato em 2025. Ambos têm 35 anos e trazem um histórico impressionante, com 16 vitórias em Grandes Prêmios e 527 largadas acumuladas . A escolha desses pilotos experientes parece estratégica e calculada, oferecendo estabilidade num ambiente tão exigente quanto a F1.

Sergio Pérez retorna ao grid de maneira destacada, após quatro temporadas ao lado de Max Verstappen na Red Bull, onde conquistou a maior parte de suas seis vitórias na categoria. Em suas próprias palavras: “Participar da equipe Cadillac de Fórmula 1 é um capítulo incrivelmente empolgante na minha carreira. Desde nossas primeiras conversas, percebi a paixão e determinação por trás deste projeto. É uma honra fazer parte da construção de uma equipe que será competitiva — e, com o tempo, lutará na frente”.

Valtteri Bottas, por sua vez, assumiu recentemente o posto de piloto reserva na Mercedes após três anos na Sauber e um período de sucesso lado a lado com Lewis Hamilton, acumulando 10 vitórias e 58 pódios de 2017 a 2021. A respeito do novo desafio, ele declarou: “Desde o primeiro contato com a equipe Cadillac de Fórmula 1 senti algo diferente — algo ambicioso, mas também realista. Não se trata apenas de um projeto de corrida, é uma visão de longo prazo. Não é todo dia que você tem a chance de fazer parte de algo construído do zero e ajudar a moldar o que verdadeiramente pertence ao grid da F1”.

O anúncio foi feito pela nova equipe americana, dirigida por Graeme Lowdon — ex-chefe da extinta equipe Marussia — e apoiada financeiramente pela General Motors. A Cadillac se torna o primeiro novo time norte-americano a ingressar na Fórmula 1 desde a Haas, há uma década.

Este movimento também evidencia uma abordagem mais conservadora — optar por nomes consagrados ao invés de apostar em talentos jovens e promissores. Pilotos como Colton Herta, Mick Schumacher ou Jak Crawford foram especulados, mas ficaram de fora deste primeiro elenco. O foco inicial foi claramente no desenvolvimento com base em experiência consolidada em vez de revelações inesperadas.

A decisão recebeu elogios pela aposta na liderança e maturidade dos pilotos escolhidos. O CEO Dan Towriss enfatizou que “foram eles, Bottas e Pérez, que possuiram a experiência, a liderança e o senso técnico necessários” . O presidente da GM, Mark Reuss, também reforçou o valor dessa combinação criteriosa: “Eles não são apenas pilotos consagrados, são construtores, colaboradores e profissionais que ajudarão a definir o que representa a equipe Cadillac na F1”.

Além disso, foi encerrado qualquer rumor sobre a possível entrada de Christian Horner na equipe, com Dan Towriss esclarecendo: “Não houve conversas com Christian Horner, não há planos para isso. Nosso apoio é 100% ao Graeme Lowdon” .

A Cadillac F1 já recebeu a aprovação formal para competir em 2026 como a 11ª equipe na grade, e está montando sua base operacional nos Estados Unidos e em Silverstone, com a GM cedendo motores Ferrari até conseguir seu próprio power unit — previsto para 2029.